quarta-feira, 13 de março de 2013

As festas não são mais como antigamente

Especial para o Jornal do Lago Norte

Na minha época, a gente não precisava de muita coisa para se divertir por aqui. As meninas levavam um prato de salgado ou doce. Já os meninos, refrigerante (sempre achei isso injusto). O DJ também não podia faltar e, muito menos, luzes e efeitos na pista de dança. A luz negra era a preferida de muitos, principalmente, na hora da dança da vassoura. Assim, a nossa saudosa Festa Americana estava garantida. Eu frequentei muitas pelo Lago Norte no início dos anos 90, época da minha pré-adolescência.

Recordo alguns “hits” que embalavam, praticamente, todas as festinhas. No momento romântico da garotada, as minhas prediletas eram “Spending My Time” (Roxette) e “November Rain” (Guns N’ Roses). As meninas esperavam o convite para dançar. Sempre dava aquele friozinho na barriga, acompanhado da dúvida: “Será que vou sobrar?” Os que ficavam sem companheiro (a) pegavam a vassoura e, assim, com uma varridinha no pé do (a) colega, “roubava” o par alheio. Para arriscar passinhos mais animados com a turma, gostava de “What Is Love?” (Haddaway). O mais entendido do assunto dava os primeiros passos e o resto acompanhava. Não era o meu forte, mas estava ali, disposta a aprender.

A Festa Americana era uma maneira saudável de diversão. Hoje, percebo que muita coisa mudou. A garotada está cada vez mais “pra frente”. O refrigerante, muitas vezes, é trocado pelo álcool (grande parte dos jovens começa a beber com apenas 12 anos de idade). As músicas lentas são consideradas bregas (duvido muito que eles conheçam a dança da vassoura). Sem contar com as coreografias. Antigamente, elas eram inocentes. Agora, foram substituídas por danças obscenas. Cá entre nós, neste quesito, parece que, a cada ano, a situação piora.

É claro que, com o passar dos anos, a mudança de atitude é normal. Certamente, a minha mãe teve uma pré-adolescência bem diferente da que eu vivi. Mas, a questão é: no mundo “precoce” de hoje, vale uma atenção redobrada com a garotada. Acredito que o diálogo é a melhor maneira de acompanhá-los. Quem sabe, assim, além de informá-los sobre questões como drogas, evitamos, também, audiência aos funks de mau gosto que existem por aí. A sociedade agradece.


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