Nilzete
trabalha em minha casa há mais de 10 anos. Ela é a nossa diarista. Duas vezes
por semana aparece. Lava, passa, limpa e, às vezes, cozinha. Nas segundas e
quintas, acordamos mais despreocupados. Não é preciso arrumar a cama e nem
acordar muito cedo para fazer o café e lavar a louça. Afinal: “Hoje a Nilzete está aí”. Além de
nossa secretária do lar, Nilzete é amiga. Ela e o marido Pedro (nosso
jardineiro) já são quase parentes. Sempre atenciosos, dedicados e prestativos.
Em
nosso bairro, existem várias ‘Nilzetes’ e muitos ‘Pedros’. Gente de fibra. Que
mora longe e, por conta da distância, madruga para nos servir logo pela manhã.
Se você sair de casa às 7h, vai ver a quantidade de gente que chega para
trabalhar. Nesse horário, deve ter muito patrão contente por aí. Cá entre nós,
acho que o único patrão que não fica feliz é o meu cachorro. Meu pet, chamado Patrão,
chora, antes mesmo do Pedro abrir a porta de casa. Também pudera, ele fica
preso, enquanto nosso jardineiro cuida do quintal.
Às
17h, os trabalhadores do Lago Norte estão prontos para pegar mais um ônibus. Às
vezes, deixo a Nilzete e o Pedro na parada. Sempre lotada. Loucos para chegar
em casa, ficar com a família (no caso do casal, ver os filhos gêmeos) e, claro,
descansar, pois, no dia seguinte: segura o rojão!
O
que seria dos moradores do Lago Norte se não fossem esses guerreiros? Muitas
casas por aí, certamente, estariam de pernas pro ar, inclusive a minha, com
todo respeito a minha mãe, que é muito organizada. Mas, sempre falta um toque
especial que só essa gente de fibra sabe dar.
Se você é do tipo que não valoriza a sua
secretária ou secretário, está mais do que na hora de rever essa questão. Tratá-los
com respeito é o mínimo que podemos fazer. Maio é o mês do trabalhador. E aqui
fica a minha singela homenagem aos trabalhadores do Lago Norte.
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