Caminhadas pelo bairro são ameaçadas pela falta de educação alheia
Especial para o Jornal do Lago Norte
Caminhadas pelo Lago Norte fazem um bem danado. Pelo menos é assim que me sinto. Nesta época do ano, então, melhor ainda. Prefiro executá-las no fim da tarde, observando o lindo céu, de azul infinito, que em outra cidade não há. Respirar o ar puro do nosso bairro, ainda bastante arborizado, não tem preço. Até que um cheirinho desagradável surge de baixo. E para quem pensou em chulé, pode esquecer. Refiro-me às fezes de cães, que não são recolhidas pelos donos.
O fato aconteceu, recentemente, comigo. Estava caminhando pela calçada, com meu MP3 (MP3 mesmo. Nem 4, nem 5, nem 10. O 3 já resolve), ouvindo “Que País é Esse”, da Legião Urbana, quando, de repente, sinto aquele cheirinho. “Que cheiro é esse? Isso sim”, pensei. Quando olhei para baixo, já era tarde. Havia pisado numa daquelas bem espalhadas. Provavelmente, era de algum Dog Alemão. Que destempero. Não tive nem vontade de seguir com os passos. Voltei para casa, indignada com a pessoa que não recolheu os resíduos daquele quase cavalo.
Acredito que não só eu, mas muitos moradores já se depararam com o cheiro fétido por aí. E, muitas vezes, como no meu caso, levaram a lembrança esmagada no tênis. Aí pensamos: infeliz cidadão que não catou o cheiroso. Cá entre nós, a amiga educação mandou lembrança, viu? O que custa passear com o seu cão, munidos de saquinhos para eventuais evacuações? Sejamos práticos e higiênicos, por gentileza.
Pessoas do meu Lago Norte que passeiam com seus cães, por favor, não deixem rastros dos amigáveis animais espalhados por aí. Fez? Catou. Pensemos no próximo. Por mais simples que seja a ação, já é considerável. Acredito que o essencial da vida é olharmos para o irmão. Respeitar, cooperar, repartir. O tamanho da caridade não faz diferença. O importante é realizá-la com amor.
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