quinta-feira, 14 de abril de 2011

Nem tudo são flores

A tranquilidade do Lago Norte nos faz esquecer as desigualdades entre os semelhantes

Especial para o Jornal do Lago Norte

Um dia desses, estava saindo da casa de uma amiga, quando percebi que um rapaz fazia cooper às onze da noite. Cá entre nós, é muita coragem, né? Digo isso pela disposição da criatura mesmo. Essa hora já estava sonhando, antes mesmo de dormir, com a minha aconchegante caminha. Mas o fato é que, ao voltar para casa, refleti sobre a tranquilidade do Lago Norte. Não é em qualquer lugar que podemos expor a nossa figura na calada da noite. Nosso bairro, ainda, nos permite situações desse tipo. 

A calmaria que encontramos aqui nos leva, muitas vezes, a esquecer o que acontece em outras partes do mundo. Mas não precisamos ir tão longe. Logo ao lado, notamos a disparidade.  O tráfico de drogas faz vítima no Varjão. E o alvo? Um garoto de 15 anos, usuário de crack.  Ô droga sinistra. Casos assim mostram que nem tudo são flores, como as que notamos nos canteiros do nosso pacato bairro.

Muitos devem perguntar: e o que eu tenho com isso? E eu respondo: nem tudo, mas uma boa parte. Enquanto nos preocupamos em ter o corpo malhado, em comprar o carro do ano e as roupas da moda, outros não têm como tratar doenças, andam a pé e passam frio.  A verdade é que, se cada um ajudar de alguma forma, podemos melhorar, pelo menos um pouco, a vida do próximo. 

Abra agora o seu armário e veja quantas roupas você nem lembrava mais que existia. Já devem até estar mofadas. E aquela bicicleta que você diz não servir mais, pois está com o pneu furado? Certamente, fará a alegria de uma criança. São atitudes assim que fazem a gente ajudar nossos irmãos. E o sorriso que receber será transformado em contentamento pela boa ação praticada. Façamos o bem.

Um comentário:

  1. É isso aí prima, nem tudo são flores. Há muita desigualdade social em todos os lados e poder fazer um sorriso se abrir é uma recompensa sem igual para ambos os lados.

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